Post #2 – 10/3/2016 {Anjinho da Guarda}

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Meu anjinho protetora28fd95a3e9e35f71870dfd9b3
Meu zeloso guardador
Vou para cama e vou dormir
E pra você eu vou pedir
Que sempre me rege
Me guarde
Me governe
Me ilumine
Amém

Não, essa não é a rezinha que eu faço em aviões. Faço em casa, com meus filhos, na hora de dormir.

Mas anjo da guarda sempre teve uma relação muito forte comigo. E isso veio da minha mãe. Desde que me entendo por gente ouço minha mãe falar da força que tem um anjo da guarda. “Reze para seu anjo da guarda minha filha”. Escuto isso até hoje!

Pois bem, ando com um no pescoço quando vou viajar. Pode faltar tudo, desde roupa até o celular, ou até mesmo o próprio passaporte, só não posso esquecer meu colar com meu anjinho.

O ritual, mais um, eu sei, com o meu anjinho é o seguinte: quando estou me aproximando da porta do avião, já vou procurando ele pendurado no meu pescoço, o seguro bem forte e dou um beijo ao mesmo tempo que adentro o avião com o pé direito. Tem que ser com o pé direito.

Tento sempre procurar ele no meu pescoço um pouco antes de me aproximar da porta, porque se deixar para fazer isso já quase entrando, acabo parando toda a fila de pessoas que vem atrás de mim, para achá-lo e cumprir meu ritual. Não entro de jeito nenhum. E todos ficam esperando e se perguntando o que essa louca está fazendo parada na entrada do avião. Não estou nem aí!

Tá bom vai, já me perguntaram se eu nunca esqueci meu anjinho em casa. Já! Raríssimas vezes, mas já! E aí? E aí f@#%eu! O pânico triplica! Melhor voltar para casa. Não. Ainda não cheguei nesse ponto de voltar para casa, sigo em frente. E seja o que Deus quiser!

Quando isso acontece, geralmente ligo para alguém para fazer uma pequena consulta: “oi, olha só, esqueci meu anjinho em casa, você não acha que isso é um sinal para eu não entrar nesse avião?”. Kkkkkkk Do outro lado da linha já sabem: “não vai acontecer nada, deixa de besteira, vai dar tudo certo, etc…” Aí entro e… seja o que Deus quiser!

Parênteses para as consultas – você acredita que já liguei para a minha mãe, sentada no chão do saguão do aeroporto, esperando sermos chamados para embarcar, chorando, dizendo que estava com um sentimento estranho (“é nesse mãe, estou sentindo que é nesse” – que vai cair, se alguém não entendeu) e perguntando se eu deveria mesmo pegar o vôo? Acredite! Vindo de mim, com aviões, tudo é possível. Ainda não parei para escrever sobre os micos quando já estou dentro do avião. Fica para outro post.

Bom, voltando ao anjinho. O maior desespero que já senti com o meu anjinho foi quando, uma vez, enquanto parada na frente da porta do avião procurando por ele, o colar abriu e…pânico, congela, para tudo! Caiu no chão! Tipo, entre eu e o avião.

Peguei o colar com o anjinho correndo do chão, mais ou menos como a gente faz com comida que dizem que se pegar dentro de 5 segundos pode comer, e corri para a minha poltrona, não esquecendo o ritual…beijo, pé direito, etc.

Dessa vez a escolhida foi uma irmã minha: “olha só, acabou de acontecer isso, blá, blá, blá…você não acha que é um sinal para eu não viajar? Você não acha que eu devo sair desse avião?” “Para com isso menina, não é sinal de nada, vai tranquila, não vai acontecer nada, etc…” E lá vai eu, agarrada ao meu anjinho como nunca! O bichinho chega fica sufocado.

Escrevi no post passado sobre o ritual da decolagem, que é o mesmo da decida. Agarro meu anjinho da guarda e só solto quando o avião já atingiu x pés de altura, que para mim é quando ele está na posição reta e não mais na posição inclinado subindo. Mas também só solto se estiver tudo calmo e sem turbulências. Caso contrário vamos agarrados até o outro lado. Já aconteceu uma vez.

Converso sempre com ele e peço: “por favor meu anjinho, proteja minha família e por favor me leve para casa. Mesmo se eu estiver indo já peço para voltar para casa, assim ele já fica sabendo que tem que trabalhar pesado em todos os voôs que vierem pela frente, até o último que efetivamente me leva de volta para minha casa.

E com o avanço da internet, redes sociais e afins, as vezes acabo postando uma fotinha de um anjo da guarda com hashtags do tipo: #workhardmodeon #guardianangel #tamujunto. Quem me conhece já sabe que estou sentada prestes a decolar.

Minha mãe estava certa – mãe é f#@da, né? – meu anjinho da guarda é forte e nunca me deixou na mão. Ele tem tanta pena do meu desespero de voar que acho que ele convoca uma turma de amiguinhos para segurar o avião e nem deixar ele balançar. NUNCA peguei mais do que uma leve turbulência.

Anjinho, você é demais! #tamujunto #loveyou #workhardmodeon #semvocenaosouninguem #semvoceeunaoviajo

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